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Writer's pictureRevista Serra

Vida de carteiro


Mesmo em tempos de email, redes sociais e whatsapp, ainda existem algumas profissões que sobrevivem e seguem com o serviço da força do homem. A velha prática de entregar cartas é uma delas. Em Serra Grande, este trabalho é feito por Valmir Marques, conhecido como Seu Valmir dos Correios.

Responsável por distribuir as correspondências na Vila, Valmir de 53 anos, gosta do que faz e seu trabalho é resultado da confiança de dezoitos anos como funcionário municipal. “Fiz muitas amizades. Conheço as pessoas mais antigas e agora as mais novas por causa da minha profissão”. Ele vai três vezes à sede dos Correios em Uruçuca para buscar as correspondências. Depois de separar o material e com os destinos em mãos segue para as ruas.


“Entrego de casa em casa. Quando a encomenda é grande ligo para o cliente, ele pega comigo. No Sargi elas ficam na mercearia do Jel. Pelo zap, aviso as pessoas que tenho o telefone, que estão lá”, diz ele que conta com a ajuda de Luis, fiscal da Prefeitura para deixar as cartas na mercearia.

E o que não falta na vida de Valmir são histórias engraçadas. “Aqui o pessoal mais antigo se conhece pelo apelido. Uma vez fui até uma casa. A mulher jurou de pé junto que a carta não era dali. Na verdade, ela tinha esquecido o nome do marido. Tive de voltar de novo lá”, ri sem falar nas correrias por conta dos cachorros, e aponta: “antes eram quatrocentas, agora chega a duas mil entregas”.

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Textos: Nerivaldo Goes 

Fotos: Kika Aidar

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