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Writer's pictureRevista Serra

Profissão labuta


Esse é o José Vicente de Souza, 65 anos, o popular prechete, que mora há 59 anos em Serra Grande. Observando como se fazia trabalhou de servente de pedreiro, serrador, bitoleiro, plantador de mandioca a fazedor de farinha.


Aos quinze anos ajudava o pai na carvoaria. “Aqui era tudo mato. A gente ia pro mato toreava a madeira e botava num forno com dois três dias ficava pronto”, relembra.


Com vinte poucos anos foi para Ipiaú. Morou lá cinco anos onde trabalhou, cortando, podando e roçando numa fazenda de cacau. “Lá eu peguei a mulher, mas casei aqui no padre” ri o pai de cinco filhos.


Quando não está na labuta, o passatempo é o mar. “Gosto de ir à praia de Ângelo, perto da Vila Badu. Lá pego xareú, pampo, barbudo, rubalo, bagre” contando que outro dia pegou um peixe de três quilos no anzol.


De pé sempre às seis da manhã, com o ouvido grudado no radinho aprecia um cigarrinho, cervejinha: “e uma quentinha, pra abrir o apetite”, conta um dos profissionais que atua na equipe de montagem de estrutura do Sarau Serra Viva.

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Textos: Nerivaldo Goes 

Fotos: Kika Aidar

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