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Writer's pictureRevista Serra

Pescador tradicional


“Desde os dez anos de idade trabalho com a pesca. Meu contato foi através do meu pai e dos amigos dele. Tive esse incentivo. Aprendi as técnicas na praia e depois fui estrear no mar com os mais velhos, vendo como se pega os peixes grandes”. Revela sobre sua profissão, Diógenes Alberto de Souza Santos, 28 anos, conhecido em Serra Grande como Coió.




Nascido na Vila, na área da Represa, como define sua origem, Coió além de pescador atua como carpinteiro, marceneiro, músico e capoeirista. “Eu me identifico com outras áreas. Tem época que a pesca não está boa, corro atrás para ter oportunidade digna de trabalho, assim construo muros, grades e estruturas de casas”, ele cita.


O oficio de fazer jangadas aprendeu com o pai e diz que a construção varia de quinze dias a um mês. “Elas duram em média de três a seis anos, mas isso depende da manutenção. Em Serra Grande deve ter uns quinze a dezoitos pescadores de jangadas, mas não existem nem oito jangadas. A minha quebrou junto com outra, por esses dias, o mar estava revolto”, menciona.




A rotina é intensa e Coió resume um dia seu de trabalho: “Três e meia ou quatro horas da manhã já estamos acordados pensando em sair de casa. Às cinco e meia, já na praia rolamos a jangada para topar o mar. Às seis e meia ou sete e quarenta entramos no pesqueiro. Pescamos até duas e meia da tarde. Aí as duas e meia rachamos o pé e voltamos”, sinaliza sua labuta.



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Textos: Nerivaldo Goes 

Fotos: Kika Aidar

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