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Writer's pictureRevista Serra

Arte no coco


Ele chegou para trabalhar na empresa que construiu a estrada BA 001, que liga Ilhéus a Itacaré como operário na área de terraplanagem. De lá pra cá morou em muitos locais em Itacaré, mas escolheu ficar em Serra Grande. “Trabalhei um ano na construção da pista, aí fiquei aqui, ali e fui ficando, mas achei melhor morar em Serra Grande, por ser mais tranquilo”, diz Ederaldo Domingos Santos, 50 anos, o popular Kunduru.

Homem de múltiplos talentos, além de mestre de obras, ele é padeiro, pintor e artista. A sua marca é criar objetos e personalizar aves em coco e madeiras. “Quando vejo um pássaro gravo na minha mente e depois faço. A região é natureza, a natureza é a floresta e elas trazem espécies que a gente nunca viu, mas como trabalho com a arte, então o que vejo crio. Assim vou conhecendo as espécies e criando as peças”, filosofa.

Sobre o seu apelido, ele explica: “Uma vez trabalhei na construção de uma pousada em Itacaré. Ao finalizar o proprietário disse seu nome será conduru, porque você fez um bom trabalho com as madeiras, que no caso era a conduru”, diz ele, também conhecido como Salamaleico e pai de quatro filhos.

Muitos dos trabalhos dele são feitos com objetos reciclados e recolhidos em ambientes naturais. “Faço muitas coisas usando materiais que cato. Aproveito para fazer estruturas e algumas madeiras que encontrei no rio e na praia são usadas também”, ele cita.


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Textos: Nerivaldo Goes 

Fotos: Kika Aidar

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